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Enrico NazaréAutor da publicação: Enrico Nazaré

Foi neste clima que preparamos esta 16ª edição de Vida & Yoga – a primeira em que eu, a editora-executiva Tatiana Arcolini e a redatora Cibele Freire realizamos. Mas o contato quase diário com diversos iogues trouxe para nós um mundo novo. A cada foto ou entrevista realizada, repleta de definições, desaceleramos inconscientemente e absorvemos vários significados para a palavra harmonia. Por meio dos ásanas, pranayamas e samyamas, começamos a identificar a ioga como um exercício além do corpo, que abrange a mente e os sentimentos até transcender as limitações humanas. E encontramos no iogue um profundo amor e a compaixão pela humanidade e por todos os seres vivos. Refizemos conceitos e passamos a desejar, de forma consciente, esta sábia interação entre as pessoas, o ambiente e a natureza, tão buscada entre os praticantes desta cultura milenar.

Nas próximas páginas, você vai acompanhar o nosso pequeno mergulho em assuntos fascinantes, como o poder dos cristais e das ervas medicinais, a viniyoga – uma ginástica personalizada – e o Maha Lila, um jogo que é puro autoconhecimento. Também não deixe de praticar as recomendadas posturas de antienvelhecimento, de equilíbrio e de concentração, e, só então, compreenda por que finalizamos esta edição bem mais reflexivos, cheios de vontade e cientes da possibilidade real de uma vida com mais autocontrole, autoconfiança e sabedoria.

O jogo de damas na escola

O presente trabalho tem intenção de mostrar que o jogo de damas estimula o desenvolvimento do aprender do aluno ajudando na aprendizagem de maneira mais fácil e eficiente.

Do ponto de vista pedagógico é inegável que esse esporte instiga pelo menos cinco capacidades do desenvolvimento cognitivo:

a) raciocinar na busca dos meios adequados para alcançar um objetivo;

b) organizar uma variedade de elementos para uma finalidade;

c) imaginar concretamente situações futuras próximas;

d) prever as prováveis consequências de atos próprios e alheios e

e) tomar decisões vinculadas à resolução de problemas.

O aprendizado deste esporte incrementa a imaginação, educa a atenção e a concentração, contribuindo para formar o espírito de investigação, além de promover o desenvolvimento da criatividade e da memória. Por outro lado, este jogo é uma atividade recreativa que permite à criança assumir atitude própria, dando a oportunidade de obter satisfações pessoais e de integrar-se plenamente em seu grupo social. No que tange à aquisição do julgamento moral, a prática deste esporte conduz à aquisição positiva.

Experiência do ganhar e do perder, assim como à formação do caráter, permitindo o desenvolvimento de qualidades tais como: paciência, modéstia, prudência, perseverança, autocontrole, autoconfiança, e, principalmente, a sublimação da agressividade. O jogo de damas, ensinado metodicamente, constitui um sistema de estimulação intelectual capaz de aumentar o Q.I. Da criança. O aluno adquire através da aprendizagem e prática deste jogo, um método de raciocínio, de organização das relações abstratas e dos elementos simbólicos.

O jogo de damas é considerado um excelente meio de elevar o nível intelectual dos alunos, ensinando o manejo de numerosos mecanismos lógicos e contribuindo para o desenvolvimento de certas capacidades psíquicas e até físicas e a introdução do jogo de damas no ensino escolar é um elemento ideal para cultivar o pensar.

O presente trabalho está dividido em 2 capítulos, a primeira fala sobre a história do jogo de damas e suas regras; o segundo mostra como o professor de Educação Física pode trabalhar com os alunos e os benefícios desta prática sobre a aprendizagem.

O método utilizado é a revisão de literatura, onde enfocamos o que já foi escrito e experiência no contexto educacional sobre o jogo de damas e sua utilidade para a melhoria da aprendizagem e relações interpessoais.

O aprendizado do jogo de damas incrementa a imaginação, educa a atenção e a concentração, contribuindo para formar o espírito de investigação, além de promover o desenvolvimento da criatividade e da memória.

Por outro lado, o jogo de damas é uma atividade recreativa que permite à criança assumir atitude própria, dando a oportunidade de obter satisfações pessoais e de integrar-se plenamente em seu grupo social.

No que tange à aquisição do julgamento moral, a prática deste esporte conduz à positiva experiência do ganhar e do perder, assim como à formação do caráter, permitindo o desenvolvimento de qualidades tais como: paciência, modéstia, prudência, perseverança, autocontrole, autoconfiança e, principalmente, a sublimação da agressividade.

A mente e o JOGO DE DAMAS

Sendo o jogo de Damas em esporte essencialmente mental, ele concorre diretamente para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de certa faculdade que durante a partida são chamadas a agir: são elas;

Concentração: A Habilidade de procurar mentalmente, com rapidez e segurança, um plano que se juste à questão.

Memória: Constantemente é obrigada a agir, pela procura de semelhanças com partidas ou posições conhecidas.

Visualidade: Faculdade de formar uma imagem mental diferente da que está vendo realmente; isso se desenvolve durante análises profundas e possibilita jogar às cegas.

Precisão: A exatidão e a segurança são fundamentais no Jogo de Damas; não sendo um jogo de sorte, só a habilidade prevalece;

Imaginação: è a idealização de planos, combinações, ciladas, etc.

REGRAS DO PERFEITO DAMISTA

1 – Manter a educação esportiva em qualquer emergência.

2 – Respeitar seu adversário.

3 – Obedecer estritamente às regras do jogo.

4 – Conservar o domínio às regras do jogo.

5 – Ter calma em todos os instantes.

6 – Raciocinar antes das jogadas.

7 – Usar sempre o bom senso.

8 – Jamais procurar desculpas à partida perdida ou empatada.

9 – Cumprimentar respeitosamente o seu vencedor.

10 – Saber ganhar, perder ou empatar.

História do jogo de damas

A história do Jogo de Damas envolve 40 séculos de evolução. Sofreu inúmeras mudanças Em seu formato. Suas regras foram se adaptando a novas culturas até chegar ao formato atual, Ganhando adeptos no mundo todo. A importância da aprendizagem e da prática deste jogo na infância e adolescência vem sendo comprovada por inúmeras pesquisas, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Esta atividade favorece o desenvolvimento mental das crianças, além de lhes impor uma disciplina atrativa e agradável, aumentando suas capacidades de cálculo, raciocínio, também de concentração. Além disso, quando este jogo é introduzido nas classes de baixo rendimento escolar, auxilia o desenvolvimento no sentido da autoconfiança, visto que apresenta uma situação na qual os alunos têm a oportunidade de descobrir uma atividade onde podem se destacar e, paralelamente, progredir em outras disciplinas acadêmicas. O imenso mérito deste jogo é que ele responde a uma das preocupações fundamentais do Ensino moderno, ou seja, o de propiciar a possibilidade a cada aluno de progredir segundo seu próprio ritmo, valorizando assim, a motivação pessoal. Por que desenvolver o jogo de damas na escola?

O jogo de damas não é apenas uma distração. É, além disso, um importante exercício intelectual, com todos os tipos de combinações de uma complexidade incomparável. Ele constitui uma distração sadia, que leva a criança ao treinamento da memória, à reflexão, melhorando a aplicação nos estudos. É uma prática que prende a atenção, obriga a concentrar-se, a refletir muito e ter mais rapidez de raciocínio. Muitos alunos encontram neste jogo um meio de desenvolver sua criatividade, ou pelo menos, desenvolvem seu potencial intelectual, que às vezes, demoraria muito para se desenvolver pela falta de estímulos adequados.

Que a criança gosta de jogar, isto é evidente, mas jogar na classe aumenta o prazer; o tempo passa sem que ela perceba. É preciso que durante o primeiro ano os alunos não joguem realmente, mas aprendam as regras, familiarizem-se com o tabuleiro, descubram seus aspectos físicos e suas geometrias procurem a solução de pequenos problemas, sigam uma progressão bem estável, comecem a imitar as figuras e posições sugeridas. Daí, eles mesmos criarão as novas posições, baseados nos ensinamentos.

A importância da aprendizagem e da prática deste jogo na infância e adolescência vem sendo comprovada por inúmeras pesquisas, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países de terceiro mundo. Esta atividade favorece o desenvolvimento mental das crianças, além de lhes impor uma disciplina atrativa e agradável, aumentando suas capacidades de cálculo, raciocínio e, também de concentração. Além disso, quando este jogo é introduzido nas classes de baixo rendimento escolar, auxilia o desenvolvimento no sentido da autoconfiança, visto que apresenta uma situação na qual os alunos têm a oportunidade de descobrir uma atividade onde podem se destacar e, paralelamente, progredir em outras disciplinas acadêmicas. O imenso mérito deste jogo é que ele responde a uma das preocupações fundamentais do ensino moderno, ou seja, o de propiciar a possibilidade a cada aluno de progredir segundo seu próprio ritmo, valorizando assim, a motivação pessoal.

O jogo de damas pratica-se entre dois jogadores, num tabuleiro quadrado, de 64 casam alternadamente claras e escuras, dispondo de 12 peças brancas e 12 pretas. O objetivo é capturar ou imobilizar as peças do adversário. O jogador que o conseguir cercar ou capturar o inimigo ganha a partida. O tabuleiro deve ser colocado de modo que a casa angular à esquerda de cada parceiro seja escura. No início da partida, as peças devem ser colocadas no tabuleiro sobre as casas escuras, da seguinte forma: nas três primeiras filas horizontais, as peças brancas; e, nas três últimas, as peças pretas. A peça movimenta-se em diagonal, sobre as casas escuras, para frente, e uma casa de cada vez. A peça pode capturar a peça do adversário movendo-se para frente é permitido também capturar a peça do adversário movendo-se para trás. A peça que atingir a oitava casa adversária, parando ali, será promovida a "damas", peça de movimentos mais amplos que a simples peça. Assinala-se a dama sobrepondo, à pedra promovida, outra da mesma cor. A dama pode mover-se para trás e para frente em diagonal uma casa de cada vez, diferente das outras peças, que se movimentam apenas para frente em diagonal. A dama pode também tomar outra peça pela frente ou por trás em diagonal. Quando na casa contígua a uma peça houver uma peça adversária, com uma casa imediata vaga, na mesma diagonal, a peça tomá-la-á passando para a citada casa vaga. Assim, a peça toma para frente e para trás, sendo este o único movimento retrógrado da peça. Se após a tomada de uma peça, a circunstância se repetir, a peça continuará a tomada no mesmo lance, chamando-se a este movimento tomado em cadeia. Se, nas diagonais da casa de partida da dama, houver uma peça adversária cuja casa imediata esteja vaga, a dama tomá-la-á passando para qualquer casa vaga após a peça tomada. A dama também toma em cadeia. A tomada é obrigatória. A peça e a dama têm o mesmo valor para tomar ou ser tomada. Se, no mesmo lance, se apresentar mais de um modo de tomar, é obrigatório executar o lance que tome o maior número de peças (lei da maioria).A peça que toma poderá passar mais que uma vez pela mesma casa vazia, porém não poderá tomar qualquer peça mais de uma vez. Não será promovida a peça que, numa tomada em cadeia, apenas passe pela oitava casa adversária. As peças tomadas só deverão ser retiradas do tabuleiro depois de completo o lance. As brancas têm sempre a saída, isto é, o primeiro lance da partida. Determina-se por sorteio ou convenção, para a primeira partida; nas seguintes, as brancas cabem alternadamente aos dois parceiros. O lance é executado quando se leva diretamente à nova casa a peça tocada; a peça deve ser imediatamente solta.

O lance está completo quando a mão do jogador tiver largado a peça, ao movê-la de uma casa para outra. Se o jogador, a quem cabe efetuar o lance, tocar: uma de suas peças deverá jogá-la; e, várias de suas peças, o adversário terá o direito de designar qual a peça, dentre as tocadas, que deverá ser jogada. Nota: se nenhuma dessas peças puder ser jogada legalmente, não haverá penalidade, entretanto, a reincidência é passível de punição. A partida termina empatada quando: os dois parceiros concordarem com o empate; a partir de qualquer ponto da partida, ocorrer 20 lances sucessivos de Damas, sem tomada ou deslocamento de pedra; uma mesma posição se produzir pela terceira vez, cabendo ao mesmo jogador o lance, deverá o interessado reclamar o empate, antes que a posição se modifique (esta regra só vale se a partida estiver sendo anotada em uma planilha); e, na luta de três damas contra uma, o lado maior não conseguir obter vitória em vinte lances. O jogo termina em empate.

É importante lembrarmos que o jogo de damas deve ser ensinado passo a passo para os iniciantes, para termos uma base de como iremos desenvolver o jogo de damas com a criança dependera se já há algum conhecimento anterior ou não, atento também para a faixa etária da criança que for aplicar as aulas.

Serie Escolar: Alunos do 1° ano do Ensino Fundamental I.

Materiais: Tabuleiro e peças

Objetivos: Mostrar para os alunos as regras e fundamentos do jogo de damas através de vídeos aulas, aula teórica e pratica também mostrar algumas partidas oficiais de damas, dando assim uma noção básica para a iniciação pratica na aula.

1ª parte da aula: Conversar com os alunos sobre o que será feito mostrar algumas combinações básicas ver se os alunos entendem e compreendem o que esta sendo passado para eles.

2ª parte da aula: Deixa-los à vontade para ver como que se relacionam e escolham seus adversários, também procurar estar sempre trocando seus adversários para assim tendo novos desafios e novas aprendizagens de diferentes tipos de experiências de jogar um contra o outro.

3ª parte da aula: Parte final da aula sendo esta onde haverá dialogo entre educador e educando para saber qual foi a dificuldade de cada um e também buscar tirar as duvidas de cada aluno e sempre estimular a pratica do devido jogo no aluno para contribuir no seu desenvolvimento intelectual.

Nota: Sendo esta apenas demonstração de uma única aula, sempre trazendo algo inovador para os alunos para estimular o gosto pela pratica do devido esporte para desenvolvimento pessoal do aluno.

O professor de Educação Física e o trabalho com o lúdico.

O jogo de damas não é uma mera brincadeira, ele incrementa a imaginação, educa a atenção e a concentração, contribuindo para formar o espírito de investigação, além de promover o desenvolvimento da criatividade e da memória.

Por outro lado, o jogo de damas é uma atividade lúdica que permite à criança assumir atitude própria, dando a oportunidade de obter satisfação pessoal e de integrar-se plenamente no grupo social no qual está inserida.

No que tange à aquisição do julgamento moral, a prática desta atividade conduz à positiva experiência do ganhar e do perder, assim como à formação do caráter, permitindo o desenvolvimento de qualidades tais como: paciência, modéstia, prudência, perseverança, autocontrole, autoconfiança e, principalmente, a sublimação da agressividade.

Segundo Sarcedo (1993, p.123) o ensino do jogo de damas nas escolas constata o seguinte: ensinando metodicamente, constitui um sistema de estimulação intelectual capaz de aumentar o Q.I. Das crianças;

O aluno adquire através da aprendizagem e prática de mística, um método de raciocínio e de organização das relações abstratas e dos elementos simbólicos;
É um excelente meio de elevar o nível intelectual dos alunos, ensinando o manejo de numerosos mecanismos lógicos e contribuindo para o desenvolvimento de certas capacidades psíquicas.
É um elemento ideal para cultivar o pensar.

De acordo com Ferreira (1993, p.85) o efeito essencial da implantação do jogo de damas nas escolas possui três aspectos:

a) ético: controle de si mesmo, paciência, perseverança, respeito ao próximo, modéstia, honestidade;

b) intelectual: desenvolvimento da capacidade de análise e de síntese, estruturação do raciocínio;

c) escolar e pedagógico: exercícios de memória e atenção.

As faculdades intelectuais raramente são inatas na criança. Adquire-se, aos poucos no decorrer dos anos. Aliás, os alunos que não estão predispostos a percorrer os caminhos da escolaridade, são frequentemente marcados por algum obstáculo. O jogo de damas não é remédio milagroso, mas ajuda na receita desta nobre tarefa, colaborando para o aluno atingir as escolas superiores, ou pelo menos, continuando para seu aperfeiçoamento intelecto-cultural.

O ensino deve estruturar-se em experiências significativas que envolvam a

forma integrada do pensar. O processo de ensino aprendizagem será desenvolvido a partir de experiências e do conhecimento prévio do aluno para chegar a sistematização do conhecimento. O trabalho privilegiará a prática dialógica onde o mediador destes conhecimentos será o professor, buscando sempre alcançar os objetivos estabelecidos.

Os resultados esperados são que os alunos ao praticar o jogo de damas desenvolva o raciocínio, a concentração, analisem com precisão antes de tomar decisões, criação artística, controle nervoso, o estudo sistematizado, o gosto pelos estudos, à prática desportiva saudável. Este trabalho tem por objetivo geral mostrar a importância do Jogo de Damas nas escolas, seja em qualquer tipo de disciplina, visto que desenvolve inúmeras habilidades para a prática escolar.

Ele constitui uma distração sadia, que leva a criança ao treinamento da memória, à reflexão, melhorando a aplicação nos estudos, é uma prática que prende a atenção, obriga a concentrar-se a refletir muito e ter mais rapidez de raciocínio. Muitos alunos encontram neste jogo um meio de desenvolver seu potencial intelectual, que às vezes, demoraria muito para se desenvolver pela falta de estímulos adequados.

O jogo de damas é um grande coadjuvante escolar, pois a partir da prática, o jogador consegue desenvolver várias habilidades, como: pensamento lógico, poder de atenção e concentração, imaginação, criatividade, julgamento, planejamento, imaginação, antecipação, vontade de vencer, paciência, autocontrole. Piaget (1972) destaca que a influência dos jogos e brincadeiras na articulação dos mecanismos mentais da criança é importante, pois jogos não somente expressam o desenvolvimento cognitivo, mas atuam como agentes de transformação, mudança e incorporação de conceitos da linguagem e da socialização. Esse jogo por sua vez, estimula as capacidades do desenvolvimento cognitivo, a saber: raciocinar na busca dos meios aptos a atingir um fim, organizar vários elementos para uma finalidade, identificar e avaliar situações futuras próximas, prever possíveis consequências de atos próprios e alheios e exercitarem a tomada de decisão frente a um fato concreto.

OS JOGOS NA TEORIA DE PIAGET

Piaget faz uma descrição do jogo durante todo o processo de desenvolvimento da inteligência da criança, mostrando a importância dessa atividade lúdica no processo de desenvolvimento cognitivo, moral e social da mesma.

Na concepção de Piaget (1973), o jogo surge no período sensório-motor, de 0 a 2 anos, quando as ações da criança sobre os objetos acontecem por prazer. Nesse período ela utiliza esquemas já conhecidos, com a intenção de repetir a ação que lhe deu prazer. Apresentando seriedade e atenção em suas ações, ela acomoda e assimila a realidade à sua volta e vai, pouco a pouco, executando ações mentais, produzindo e reproduzindo esquemas que darão início às suas primeiras manifestações lúdicas que se transformam em jogos (jogos de exercício).

No estágio pré-operatório, de 2 a 7 anos, a criança já é capaz de reproduzir um esquema, realizando combinações mentais, e aplicá-lo simbolicamente a novos objetos. Nessa fase surge o símbolo lúdico, que se transforma em esquema simbólico, dando início ao faz-de-conta. É nesse estágio que surge o jogo simbólico, no qual a criança é capaz de utilizar um objeto como símbolo de outra coisa.

De acordo com Piaget (1990), o período pré-operatório é o período de preparação das operações lógico-matemáticas. Para ele, nesse estágio o pensamento da criança é pré-lógico e, portanto, não tem capacidade de reverter mentalmente uma ação. Seu pensamento é dominado pela percepção e, dessa forma, descreve somente o que vê.

Por volta dos 7-11 anos, acontece o período das operações concretas. Para Piaget (1990) esse período é marcado pelo início da cooperação e do raciocínio lógico. Nessa fase, tanto a linguagem se socializa, favorecendo relações interpessoais, como as explicações para os problemas se aproximam mais da realidade. No entanto, seu pensamento é limitado pelo mundo concreto. É nesse período que o jogo de regras se constitui como uma atividade do ser socializado, prolongando-se durante toda a sua vida.

A importância do lúdico no processo de aprendizagem.

Ao pensarmos na realidade da sala de aula, nos deparamos com um número elevado de alunos com grandes dificuldades de aprendizagem e desmotivados para os estudos. Para mudar tal visão, faz-se necessário uma prática pedagógica dinâmica e provocadora, no sentido de instigar os alunos a aprender de maneira significativa e prazerosa. O educador exerce considerável função nesse processo, pois é quem vai direcioná-lo, sendo mediador e propondo atividades que estimulem o aluno em sala de aula.

Os brinquedos e jogos são reconhecidos por educadores como fator importante na educação, uma vez que, o brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e aprimora habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e atenção. A ludicidade é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.

O lúdico tão importante para a saúde física e mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores. Todas as sociedades reconhecem o brincar como parte da infância. Partindo de concepções teóricas de que a criança tem sua curiosidade despertada por jogos e brincadeiras e por meio deles se relaciona com o meio físico e social, de modo a ampliar seus conhecimentos, desenvolver habilidades motoras, cognitivas e linguísticas, a escola deve considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento dos alunos.

As crianças fazem das brincadeiras uma ponte para o imaginário, a partir disto, muito pode ser trabalhado. Jogar com regra, constituem meios prazerosos de aprendizagem. Pôr intermédio delas, as crianças expressam suas criações e emoções, refletem medos e alegrias, aperfeiçoam características importantes para a vida adulta.

A importância do Lúdico na Escola

O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEIDA, 1982, p104.)

O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é lúdica, não é prazerosa. (NEVES, 1984, p109.)

Segundo Piaget, o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilibrarão com o mundo (BARROS, 1990, p126.).

A ludicidade, tão importante para a saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com as pessoas e com os objetos.

O lúdico possibilita o estudo da relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a importância do lúdico na formação da personalidade. Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideais, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.

Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário.

O jogo no processo de aprendizagem

O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde o mais remoto tempo. Através deles, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS, 1985, p125)

Segundo PIAGET (1967) citado por, “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.

O jogo não é simplesmente um “passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. Somente sendo criativa que a criança descobre seu próprio eu (TEZANI, 2004).

O jogo é mais importante das atividades da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Brinquedos não devem ser explorados só para lazer, mas também como elementos bastantes enriquecedores para promover a aprendizagem. Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar. (CAMPOS, 1985, p115)

Brinquedos, brincadeira e jogo.

Em todos os tempos, para todos os povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembranças. São objetos mágicos, que vão passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar crianças e adultos. (VELASCO, 1996)

Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. (KISHIMOTO, 1994)

O brinquedo contém sempre uma referência ao tempo de infância do adulto com representações vinculadas pela memória e imaginações. O vocábulo “brinquedo” não pode ser reduzido à pluralidade de sentidos do jogo, pois a criança e tem uma dimensão material, cultural e técnica. Enquanto objeto, é sempre suporte de brincadeira.

O brinquedo é a oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e da atenção.

O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A qualidade de oportunidade que estão sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e de brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem.

Para Vygotsky (OLIVEIRA, DIAS, ROAZZI, 2003), o prazer não pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendendo-as como motivos que impelem a criança à ação. São elas exatamente que fazem a criança avançar em seu desenvolvimento.

A brincadeira é alguma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromissos, planejamento e seriedade e que envolve comportamentos espontâneos e geradores de prazer. Brincando a criança se diverte, faz exercícios, constrói seu conhecimento e aprende a conviver com seus amiguinhos.

A brincadeira transmitida à criança através de seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração a outra, ou pode ser aprendida pela criança de forma espontânea (MALUF, 2003).

É a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras de jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é o lúdico em ação. Dessa forma brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a criança e não se confundem com o jogo (KISHMOTO, 1994).

Para a criança, a brincadeira gira em torno da espontaneidade e da imaginação. Não depende de regras, de formas rigidamente estruturadas. Para surgir basta uma bola, um espaço para correr ou um risco no chão (VELASCO, 1996).

Segundo Vygotsky, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras (BERTOLDO, RUSCHEL, 1991, p. 99).

A brincadeira não é um mero passatempo, ela ajuda no desenvolvimento das crianças, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo (MALUF, 2003).

O jogo pode ser visto como: resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras e um objeto.

No primeiro caso, o sentido do jogo depende da linguagem de cada contexto social. Enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este aspecto que nos mostra porque, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significações distintas.

No segundo caso, um sistema de regras permite identificar, em qualquer jogo, uma estrutura sequencial que especifica sua modalidade. Tais estruturas sequenciais de regras permitem diferenciar cada jogo, ou seja, quando alguém joga, esta executando as regras do jogo e, ao mesmo tempo, desenvolvendo uma atividade lúdica. O terceiro sentido refere-se ao jogo enquanto objeto.

Os três aspectos citados permitem uma primeira compreensão do jogo, diferenciando significados atribuídos por culturas diferentes, pelas regras e objetos que o caracterizam.

Através do jogo a criança: libera e canaliza suas energias; tem o poder de transformar uma realidade difícil; propicia condições de liberação da fantasia; é uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador há sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança. À medida que joga ela vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento.

Este trabalho tem por objetivo geral mostrar a importância do Jogo de Damas nas escolas, seja em qualquer tipo de disciplina, porque desenvolve inúmeras habilidades para a prática escolar. Ele não é apenas uma distração. É, além disso, um importante exercício intelectual com todos os tipos de combinações de uma complexidade incomparável. Ajudar os alunos a desenvolver a aprendizagem de maneira mais fácil e eficiente; raciocinar na busca dos meios adequados para alcançar um objetivo; organizar uma variedade de elementos para uma finalidade; imaginar concretamente situações futuras próximas; prever as prováveis consequências de atos próprios e alheios e tomar decisões vinculadas à resolução de problemas. O ensino deve estruturar-se em experiências significativas que envolvam a forma integrada do pensar. O processo de ensino aprendizagem será desenvolvido a partir de experiências e do conhecimento prévio do aluno para chegar à sistematização do conhecimento. O trabalho privilegiará a prática dialógica onde o mediador destes conhecimentos será o professor, buscando sempre alcançar os objetivos estabelecidos.Os resultados esperados são que os alunos ao praticar o jogo de damas desenvolva o raciocínio, a concentração, analisem com precisão antes de tomar decisões, criação artística, controle nervoso, o estudo sistematizado, o gosto pelos estudos, a prática desportiva saudável.

Implantar o jogo de damas nas escolas não é tarefa fácil, pois além dos alunos muitas vezes mostrarem certa resistência (por dificuldade ou preferir atividades mais agitadas como jogos em quadra e outros espaços) ainda esbarramos nas situações burocráticas tais como dar conta de todos os conteúdos que os alunos necessitam no seu desenvolvimento pedagógico e motor. É tarefa de todo profissional envolvido com os Jogos de Damas, mudar esta visão e vencer as resistências. O jogo mostrou que o aluno na situação de um contra o outro testa o conhecimento, o equilíbrio emocional, interage, socializa, fazendo com que ele aprenda e também trabalhe inúmeras habilidades aqui antes mencionadas. Na vida o jogo é importante e a criança gosta de jogar, isto é evidente, mas jogar na escola é muito melhor, possibilita o envolvimento de um maior número de crianças, dando oportunidade a todos vivenciar situações diversas de jogo e parceiros. Os alunos apresentaram autoestima mais elevada, se tornam mais calmos, motivados, com uma maior concentração e mais receptividade para os conteúdos a serem aprendidos.

O jogo de damas torna possível a construção de conceitos de uma maneira Informal, explorando diversos potenciais característicos dos alunos e fazendo do educando um sujeito ativo no processo de aprendizagem. Experiências como esta são desafiadoras para os docentes, sendo um campo riquíssimo para desencadear metodologias novas e eficazes. Tendo ênfase em uma proposta de aprendizado ainda mais significativa. Aulas de Damas tem um papel importante na motivação e utilização de novas metodologias de ensino propondo uma ressignificação dos espaços de aprendizagem. Tornou-se notória a satisfação dos educandos na realização, tendo uma constatação mais relevante, a partir da realização concretizou-se um dos mais importantes objetivos da educação, que é oferecer ao aluno condições para que ele construa seu próprio conhecimento.

FERREIRA, Alvacir Augusto. Aprendendo o Jogo de Damas. São Paulo: SP, 1993, p. 85.

PIAGET, Jean. Formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento da criança. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

SARCEDO, Lélio Marcos Luzes. Lélio 3 Manobras Radicais no jogo de Damas. 3° ed. Piracicaba/SP. Brasil: Secretaria de Estado de Esportes e Turismo,1993.



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